Por Antonio Gallas
Contrariando o pensamento de muitos que achavam que a idade iria atrapalhar sua administração, o prefeito de Parnaíba Dr. Francisco de Assis de Moraes Sousa, o “Mão Santa”, aos 74 anos, está dando provas de que continua em pleno vigor, sem que o peso da idade atrapalhe seus projetos. Mão Santa continua com muito pique, em pleno vigor, repito, administrando o mais importante município de Piauí, depois da capital, é claro.
Quem conhece e convive no dia a dia com prefeito de Parnaíba sabe que este pique, este vigor é próprio dele, é característico de Mão Santa. A prova dessa afirmativa é que durante as campanhas eleitorais, poucos são os que conseguem acompanha-lo em suas caminhadas de meio dia, sol a pino, à cata dos votos dos eleitores.
Outra característica do ex-governador e atual prefeito de Parnaíba é gostar de homenagear pessoas, tanto assim que através da Rádio Igaraçu, emissora por ele fundada, criou o Diploma Personalidades em Ação para homenagear pessoas que se destacam em diversos segmentos da sociedade parnaibana, piauiense e brasileira, como até já homenageou o senador maranhense e ex-ministro Édson Lobão (agora investigado pela Lava-Jato), como homenageou também outros políticos de nome nacional. É a valorização do ser humano, do profissional que com seu trabalho contribui para o engrandecimento da cidade.
Concordo com quem afirma que as homenagens devem ser dadas com as pessoas vivas para que elas possam desfrutar do momento da homenagem. “As flores devem ser dadas em vida, porque depois de se morrer elas nada representam”. Há poucos dias Mão Santa homenageou o parnaibano Antônio de Pádua Seixas, até então desconhecido de muitos. Mora em São Paulo, é ex-bancário, escritor, poeta, e segundo o prefeito um dos homens mais importantes da Parnaíba, e que deu uma imprescindível contribuição para que o Brasil desse um rumo à sua economia, num momento de extrema dificuldade.
Mesmo concordando que se deve homenagear quem ainda está vivo, há também, pessoas já falecidas, que precisam ser homenageadas para que as gerações mais novas tomem conhecimento da importância do homenageado, do trabalho por ele desenvolvido em prol daquela comunidade na qual ele viveu como foi o caso, agora, do médico buritiense/parnaibano de coração, Mariano Lucas de Sousa que dá nome a uma Unidade Básica de Saúde localizada na Colina da Alvorada no bairro João XIII posta em funcionamento pelo prefeito atual e que, enfatizo, ter sido, realmente, uma merecida homenagem. Mão Santa, dando cumprimento a um Projeto de Lei da administração anterior, aprovado pela Câmara Municipal de Parnaíba que dá nome de médicos já falecidos, às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 horas, transformadas em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e que à época, ainda estavam em construção em diferentes bairros da cidade, homenageou um dos mais humanitários médicos que Parnaíba já conheceu: Dr. Mariano Lucas de Sousa.
Natural de Buriti dos Lopes, recém-formado, ainda jovem veio para Parnaíba. Assistiu ao nascimento de muitas crianças que hoje são médicos, advogados, comerciantes, profissionais liberais e muitos outros. Era o médico da família parnaibana naquela época. Foi pioneiro no tratamento dos primeiros pacientes parnaibanos com hanseníase. Dr. Mariano fez da medicina um verdadeiro sacerdócio.
Sobre este médico humanitário e amigo dos parnaibanos, o jornalista Rubem Freitas, no seu livro Parnaíba Tem Memória na página 172 disse entre outras palavras elogiosas o seguinte: “Trabalhastes de verdade. Cumpristes, à risca, o Código de Ética, o Juramento de Hipócrates, nunca deixando de atender a doentes, em sua casa, em hospitais, em lares às vezes distantes, de ricos, e de pobres, de dia e de noite, mesmo com a chuva e com o sol”
E continua o Rubem Freitas: “Aos pobres, sempre destes atenção especial, nada lhes cobrando por serviços prestados. Nunca mercantilizastes a medicina”...
No Almanaque da Parnaíba, Edição de nº 65 de 1998, na página 112, o médico, escritor e acadêmico dr. Carlos Araken Correia Rodrigues, em artigo intitulado“Mariano teu nome é Simplicidade” tece também comentários elogiosos a esse grande facultativo: “...pertencia com muita honra àquela categoria que, embora deixando um vazio imenso, é quase uma espécime já extinta: O MÉDICO DA FAMÍLIA”...“Era um homem forte, simples e bom. Um médico admirável”... “Foi clinicar em Luzilândia, cidade pequena do interior, onde o único médico tinha que fazer de tudo. De parteiro a pediatra, passando pela cirurgia de urgência, e conselheiro de família". E prossegue dr. Carlos Araken em seu relato: “Incontáveis noites de chuva, amargou no lombo de cavalos, quando não de burros, para atender chamados em todos os povoados vizinhos, já que era o único médico da região. Vida dura aquela”...
Dr. Mariano também foi homenageado em Buriti dos Lopes dando nome ao Hospital do Município e a uma rua da cidade. Aqui em Parnaíba dr. Mariano também deu nome a uma rua que fica localizada no bairro Frei Higino. Portanto são justas e merecidas as homenagens que se prestam a esse homem que soube fazer da medicina a prática de “fazer o bem sem olhar a quem”.
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