Batista Filho, presidente do Parnahyba, afirma que tribunal suspendeu o clube por
dívida que teria sido paga há mais de seis meses: "Chamaram o clube de caloteiro"
Batista Filho quer retratação do STJD por dano à imagem do Parnahyba (Foto: Wenner Tito )
O presidente do Parnahyba Sport Club, Batista Filho, foi surpreendido na manhã desta terça-feira quando, por meio da imprensa, foi informado de que o clube estaria suspenso de competições nacionais por causa de uma dívida com o STJD. Após ser notificado, o dirigente denunciou um suposto erro da corte: o débito cobrado no valor de R$ 1 mil havia sido pago ainda em junho de 2016. Batista procurou a Federação de Futebol do Piauí (FFP), que enviou ofício ao tribunal explicando a cobrança indevida, mas o presidente azulino quer uma retratação.
- É o nome do clube e o meu que ficam manchados – diz o presidente.
A dívida cobrada pelo STJD é referente ao processo 021/2016, julgado no dia 03 de maio do ano passado na 2ª Comissão Disciplinar do órgão. Na ocasião, por causa de um objeto lançado no campo durante a partida entre Parnahyba e Portuguesa de Desportos, válida pela Copa do Brasil, o Tubarão foi punido no artigo 213 do CBJD, nos Artigos I e III (parágrafo 1º). A punição foi a perda de um mando de campo e mais a multa de mil reais.
Punição aplicada pelo STJD ao Parnahyba no mês de maio (Foto: Reprodução)
Segundo Batista, a perda do mando de campo será paga na próxima partida do clube pela Copa do Brasil (o time não participa da edição 2017 da competição), e a multa foi paga ainda no mês de junho, através do sistema da CBF. Para o dirigente, a cobrança indevida gera um grande dano na imagem do clube e para ele mesmo como presidente.
- Como que pode ser divulgada uma dívida que você não tem? Eu sempre fiz as coisas do Parnahyba com muita organização, jamais esqueceria de pagar uma dívida. É o nome do clube e o meu mesmo como presidente que está ali. É divulgado em blogs, sites, e o pessoal da torcida chamando o clube de caloteiro, falando em vergonha. Faz o estrago e ninguém pede desculpa, não tem uma nota de retratação, o que deveria ter – afirma.
A explicação de Batista Filho é corroborada por Anderson Sousa, diretor de registro da FFP. Ele conta que o pagamento foi efetuado através do sistema da CBF e acredita que um erro de comunicação entre a entidade e o STJD gerou o mal-entendido.
- O Parnahyba foi julgado em maio, condenado a multa de 1000 reais e uma perda de mando de campo. Só que na época o Parnahyba não pagou, veio pagar esse débito no dia 7 de junho de 2016, conforme consta no boleto no sistema da CBF como pago. Deve ter ocorrido um erro de comunicação da CBF com o STJD, que não deve ter sido informado do pagamento e suspendeu o Parnahyba – conta Anderson.
Print mostra pagamento efetuado pelo Parnahyba no dia 07/06/2016 (Foto: Reprodução)
Batista lembra ainda outro episódio idêntico, na qual o clube foi ameaçado de suspensão por conta de uma dívida. Na ocasião, o mal-entendido foi desfeito e o Parnahyba não sofreu nenhuma sanção.
- É a segunda vez que acontece com a gente, uma coisa que nós pagamos e o tribunal não tem o controle. A minha prioridade é pagar tudo sempre em dia. É algo que me deixa bastante triste – diz.
A direção do Parnahyba enviou, através da FFP, ofício para o STJD esclarecendo o caso. Enquanto isso, o time segue em pré-temporada para o Campeonato Piauiense, que começa no dia 1º de fevereiro. No segundo semestre, o clube também participa da Série D do Campeonato Brasileiro, competição que seria impedido de disputar caso a suspensão se confirmasse.
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