Os advogados - que estão na defesa do policial militar, namorado da estudante desaparecida - conversaram por quase 40 minutos com o delegado Francisco Costa, o Baretta, na sede da Delegacia de Homicídios. Dois advogados participaram do encontro que estariam negociando a entrega do capitão ainda nesta terça-feira. Os advogados não quiseram dar entrevista.
Atualizada às 14h
Dois advogados estão neste momento conversando com o coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Costa, o Baretta. Um dos advogados é Otoniel Bisneto, que representa a Associação dos Oficiais Militares do Piauí (Amepi).
O encontro de Baretta e os advogados acontece a portas fechadas na sede da Delegacia de Homicídios.
O policial militar concorda em se entregar espontaneamente e os advogados negociam o horário e local. Até agora não há nenhuma decretação de prisão por parte da justiça.
Ampliada às 13h34
O comandante do 8º BPM, major Wilton Sousa, revelou que arma funcional e as munições do capitão Alisson Wattson, apontado como suspeito de participação na morte da estudante de Direito Camila Abreu, foram entregues na última sexta-feira (27).
"Ele mesmo veio ao 8º BPM e me entregou, alegando que estava com problemas de saúde e depressão", resumiu o comandante.
Atualizada às 11h30
O policial militar, apontado como suspeito de assassinar a namorada - a estudante de Direito Camila Pereira de Abreu, 21 anos - irá se apresentar espontaneamente à Delegacia de Homicídio.
A informação foi confirmada agora há pouco pelo presidente da Associação dos Oficiais Militares do Piauí (Amepi), tenente coronel Carlos Pinho.
O capitão Allisson Wattson, que é lotado no 8º Batalhão (no Dirceu), será ouvido com a presença do seu advogado Otoniel Bisneto. A Amepi deslocou um advogado da Associação para acompanhar o depoimento do capitão. A previsão é que ele se apresente ainda hoje.
Carro teria sido lavado após crime
Informações obtidas pelo Cidadeverde.com revelam que o carro do suspeito apontado pela família de Camila Abreu como autor da morte da jovem foi lavado em um lava-jato localizado na Avenida Maranhão após o crime.
O suspeito teria lavado o carro, um Corolla, para limpar marcas de sangue e dificultar as investigações. Mesmo com a lavagem, o veículo ficou com mau cheiro e o dono do carro resolveu trocar os estofados em uma oficina localizada na Avenida Valter Alencar.
A TV Cidade Verde falou com o proprietário da loja, que negou o fato.
A Delegacia de Homicídios ainda não confirma se o carro do suspeito foi apreendido. O proprietário do veículo é o namorado de Camila, oficial da Polícia Militar. A jovem foi vista pela última vez na companhia do PM.
Atualizada às 10h30
Após confirmar que a estudante de Direito Camila Abreu está morta, o coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Costa, o Baretta, levanta a suspeita de que o corpo da jovem tenha sido "destruído".
Na manhã desta terça-feira(31), equipes da Delegacia De Homicídios estão em campo realizando uma espécie de varredura para encontrar o corpo de Camila.
"Já temos um fato: houve um homicídio qualificado com ocultação de cadáver e quiçá destruição parcial ou total do corpo", desconfia o coordenador da especializada.
Baretta garante que o inquérito que apura a morte da jovem já está praticamente concluído. O coordenador ainda não cita nomes de suspeitos e só vai se pronunciar sobre quando a investigação for finalizada.
Familiares e amigos de Camila suspeitam que o namorado da jovem que, de acordo com relatos, foi a última pessoa que esteve com a estudante antes do seu desaparecimento, seja o principal suspeito de cometer o crime.
O namorado de Camila é um oficial lotado no 8º Batalhão da Polícia Militar.
"Se a imputação do crime recair em cima do namorado dela [Camila] será um caso isolado dentro da Polícia Militar, que é uma instituição séria que tenho certeza que ficará à disposição para contribuir com o que for necessário", disse Baretta.
A expectativa é que o inquérito seja finalizado até à tarde de hoje.
Izabella Pimentel e Yala Sena
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