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sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Criança morre após passar mal em piscina de clube em Teresina

Um menino de sete anos de idade morreu após passar mal em um clube na zona Norte de Teresina. O garoto, identificado como R. F., sofreu uma parada cardiorespiratória e faleceu no fim da tarde do Dia das Crianças (12).
A TV Cidade Verde apurou que o menino teve um mal súbito dentro da piscina quando começou a sentir forte cansaço e dores no peito. Imediatamente, os pais tiraram o filho da água e acionaram o Samu, mas resolveram não esperar e foram até a um hospital particular. 
"Ele chegou já com o coração parado e sem atividade elétrica. A gente tentou todos os métodos de ressuscitação cardiopulmonar,  intubação endotraqueal e todas as drogas preconizadas e, mesmo assim, depois de mais de uma hora, o coração ainda continuava sem bater", disse Rafael Correia Lima, gerente do pronto-socorro do hospital onde a criança foi atendida.
Ele explica ainda que, como a criança já chegou em parada cardíaca, a causa morte ainda será apurada pelo Instituto Médico Legal de Teresina. 
Por meio de nota, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou que a ambulância de suporte avançada acionada para socorrer o garoto demorou 11 minutos para chegar ao clube. Contudo, de acordo com o horário descrito na mesma nota enviada pelo Samu, a ocorrência foi registrada às 15h50 e demorou quatro minutos para sair do ponto de apoio e chegou ao local às 16h07, ou seja, 17 minutos após o chamado. A TV Cidade Verde acionou, novamente, a FMS para entender a contagem de tempo, mas não obteve resposta.
Familiares do garoto não quiseram falar com a imprensa. 
O diretor social do Iate Clube, Carlos Arraes, gravou um áudio para os diretores do clube, que está sendo divulgado nas redes sociais, informando que acompanhou o socorro realizado assim que ele começou a passar mal. Ele disse que a criança desmaiou próximo a piscina de água com sabão e que teria tido supostamente uma hipoglicemia (quando o nível de açúcar no sangue está baixo). 
Ele reforça que médicos que estavam no local fizeram o primeiro atendimento e que chamou o Samu, mas com a piora do menino, os pais decidiram levar no próprio carro. “(...)A criança saiu respirando, de olhos abertos (...) A criança não se afogou e não morreu no Iate”, ressalta o diretor social do clube. 
Veja a transcrição do áudio:
Senhoras diretoras, senhores diretores! Bom Dia! Arraes que está falando. Quero que esclarecer o caso da criança, que tem muita fofoca, muita desavença. Acompanhei desde a hora que a criança desmaiou, próxima a piscina da água de sabão. Simplesmente essa parada cardiorrepiratória que a criança teve foi em função da hipoglicemia. Conversei com a mãe e disse que a criança não quis se alimentar. A diretoria do Iate, a qual eu como diretor social, nos colocamos a disposição da família para dar todo o suporte todo e qualquer apoio foi dado, eu mesmo chamei o Samu, porque os médicos não quiseram que o pai levasse a criança no carro. Mas, quando a criança piorou, o pai se desesperou e levou a criança no carro. A criança saiu do Iate, respirando, de olhos abertos. Nós convocamos através do microfone os médicos presentes e graças a Deus apareceram quatro médicos e duas enfermeiras e a criança foi assistida por essas pessoas. Mandei de imediato parar o som, porque não tínhamos mais clima, com o estado dessa criança a gente continuar com som. Rezamos um pai nosso, uma ave Maria em função da recuperação da criança, mas infelizmente nos chegou a notícia de que a criança teria falecido. A criança não se afogou, não morreu no Iate e sim no hospital da Unimed da Primavera. Esse é meu esclarecimento que acompanhei tudo, só sai do Iate quando encerrou tudo, por volta das 20 horas.
Graciane Sousa
gracianesousa@cidadeverde.com

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