Um menino de sete anos de idade morreu após passar mal em um clube na zona Norte de Teresina. O garoto, identificado como R. F., sofreu uma parada cardiorespiratória e faleceu no fim da tarde do Dia das Crianças (12).
A TV Cidade Verde apurou que o menino teve um mal súbito dentro da piscina quando começou a sentir forte cansaço e dores no peito. Imediatamente, os pais tiraram o filho da água e acionaram o Samu, mas resolveram não esperar e foram até a um hospital particular.
"Ele chegou já com o coração parado e sem atividade elétrica. A gente tentou todos os métodos de ressuscitação cardiopulmonar, intubação endotraqueal e todas as drogas preconizadas e, mesmo assim, depois de mais de uma hora, o coração ainda continuava sem bater", disse Rafael Correia Lima, gerente do pronto-socorro do hospital onde a criança foi atendida.
Ele explica ainda que, como a criança já chegou em parada cardíaca, a causa morte ainda será apurada pelo Instituto Médico Legal de Teresina.
Por meio de nota, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou que a ambulância de suporte avançada acionada para socorrer o garoto demorou 11 minutos para chegar ao clube. Contudo, de acordo com o horário descrito na mesma nota enviada pelo Samu, a ocorrência foi registrada às 15h50 e demorou quatro minutos para sair do ponto de apoio e chegou ao local às 16h07, ou seja, 17 minutos após o chamado. A TV Cidade Verde acionou, novamente, a FMS para entender a contagem de tempo, mas não obteve resposta.
Familiares do garoto não quiseram falar com a imprensa.
O diretor social do Iate Clube, Carlos Arraes, gravou um áudio para os diretores do clube, que está sendo divulgado nas redes sociais, informando que acompanhou o socorro realizado assim que ele começou a passar mal. Ele disse que a criança desmaiou próximo a piscina de água com sabão e que teria tido supostamente uma hipoglicemia (quando o nível de açúcar no sangue está baixo).
Ele reforça que médicos que estavam no local fizeram o primeiro atendimento e que chamou o Samu, mas com a piora do menino, os pais decidiram levar no próprio carro. “(...)A criança saiu respirando, de olhos abertos (...) A criança não se afogou e não morreu no Iate”, ressalta o diretor social do clube.
Veja a transcrição do áudio:Senhoras diretoras, senhores diretores! Bom Dia! Arraes que está falando. Quero que esclarecer o caso da criança, que tem muita fofoca, muita desavença. Acompanhei desde a hora que a criança desmaiou, próxima a piscina da água de sabão. Simplesmente essa parada cardiorrepiratória que a criança teve foi em função da hipoglicemia. Conversei com a mãe e disse que a criança não quis se alimentar. A diretoria do Iate, a qual eu como diretor social, nos colocamos a disposição da família para dar todo o suporte todo e qualquer apoio foi dado, eu mesmo chamei o Samu, porque os médicos não quiseram que o pai levasse a criança no carro. Mas, quando a criança piorou, o pai se desesperou e levou a criança no carro. A criança saiu do Iate, respirando, de olhos abertos. Nós convocamos através do microfone os médicos presentes e graças a Deus apareceram quatro médicos e duas enfermeiras e a criança foi assistida por essas pessoas. Mandei de imediato parar o som, porque não tínhamos mais clima, com o estado dessa criança a gente continuar com som. Rezamos um pai nosso, uma ave Maria em função da recuperação da criança, mas infelizmente nos chegou a notícia de que a criança teria falecido. A criança não se afogou, não morreu no Iate e sim no hospital da Unimed da Primavera. Esse é meu esclarecimento que acompanhei tudo, só sai do Iate quando encerrou tudo, por volta das 20 horas.
Graciane Sousa
gracianesousa@cidadeverde.com
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