Contra proliferação dos casos de microcefalia, Marcelo Castro anuncia que governo vai distribuir repelentes para 400 mil gestantes do Bolsa Família e prepara dia nacional de mobilização, com apoio de 220 mil homens das Forças Armadas.
O governo brasileiro vai comprar e distribuir repelentes para cerca de 400 mil gestantes inscritas no programa Bolsa Família e fazer um dia nacional de mobilização, em 13 de fevereiro, com 220 mil homens das Forças Armadas, segundo informou nesta segunda-feira o ministro da Saúde, Marcelo Castro. As ações para tentar conter o avanço do vírus zika no Brasil e o crescimento dos casos de microcefalia foram anunciadas depois de uma reunião no Palácio do Planalto onde a presidente Dilma Rousseff mostrou irritação com as declarações do ministro, feitas na semana passada, de que o país estaria "perdendo a guerra para o Aedes aegypti", considerada alarmista pelo Planalto, segundo uma fonte palaciana. O ministro, no entanto, insistiu nesta segunda que o Brasil perde "feio" a guerra contra o mosquito. "Temos 30 anos de convivência com o mosquito. Não quero culpar ninguém, mas houve uma contemporização com o mosquito. Hoje a situação é completamente diferente. Além da dengue, o mosquito está transmitindo chikungunya e zika (causadora da microcefalia)", disse.
Surto - A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta segunda-feira (25) que o vírus zika deve se espalhar por todos os países das Américas, com exceção de Canadá e Chile. Margaret Chan, diretora-geral da entidade, se pronunciou pela primeira vez sobre os casos nas Américas e informou que um caso de possível transmissão sexual está sendo investigado pela OMS. "O zika foi isolado no sêmen humano e um caso de possível transmissão sexual de pessoa para pessoa foi descrito. No entanto, mais evidências são necessárias para confirmar se o contágio sexual é um meio de transmissão do zika", disse a entidade, em comunicado.
(Com Reuters e Estadão Conteúdo)
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