Poucos mais de 48h depois de deixar o Parnahyba, o meio-campo paulista Bruno Rios não escondeu a frustração com a passagem sem brilho pelo clube do Piauí. De volta Guarulhos, sua terra natal no interior de São Paulo, o ex-jogador da Portuguesa externou toda a insatisfação com o adeus forçado após o fim da campanha azulina no primeiro turno do Campeonato Piauiense – time ficou em 5ª lugar, fora das semifinais. O apoiador foi desligado do clube pelo presidente Batista Filho sob a justificativa de baixo rendimento. As declarações não agradaram a Bruno, que revidou em tom mais duro, ironizando comparações a Messi, astro do Barcelona.
– Eu não questiono ele me mandar embora. Se ele acha que vai resolver o problema mandando embora um jogador que não teve oportunidade, eu respeito. Ou ele achava que eu era o Messi, que tinha que resolver, ou ele, desde o começo, não foi de acordo com a indicação do treinador. Se o problema era eu que não estava jogando, eu não sei o que passa na cabeça dele. O presidente tem que, no mínimo, me respeitar como ser humano e respeitar minha história – desabafou o jogador.
Bruno Rios estava na Portuguesa e foi anunciado em dezembro como uma das apostas do Parnahyba para a temporada. O jogador tem passagem pela base do Vasco e seleção brasileira sub-17. Contudo, com a camisa azulina, o apoiador acumulou apenas 46 minutos jogados e nenhuma partida como titular. De aposta, Rios se tornou apenas uma opção no banco de reservas.
Formado no Vasco, Bruno Rios deixou a Portuguesa para disputar a Copa do Brasil pelo Parnahyba(Foto: Yan Resende)
– Nós o contratamos por indicação do professor (ex-técnico Luís Miguel) para ele resolver a nossa situação. Ele participou de 10 min contra o River-PI na abertura do estadual, depois jogou contra o Altos e depois Picos, mas não estava sendo usado com frequência. Para nós, um cara de fora que não entra em campo não resolve. Tem que ser melhor do que o que já temos. Conversamos numa boa, e ele entendeu. Ele é um cidadão, uma pessoa de bem, mas não estava rendendo dentro do que a gente a gente esperava – justificou, à época, o presidente Batista Filho.
Parnahyba empata com Fla-PI, desperdiça chance de entrar no G-4 e vive drama fora das semi (Foto: Didupaparazzo)
Alheio aos motivos que o tornaram um coadjuvante no elenco, Bruno completou alegando não ter sido informado oficialmente pelo presidente sobre sua demissão, promovida logo após a saída de Luís Miguel, hoje no Cordino, do Maranhão.
– Desde quando eu cheguei, ele (Batista Filho) nunca dirigiu a palavra a mim. Se eu troquei 10 palavras foi muito. Ele disse que veio falar comigo. Não foi nem ele que veio me dar tchau. Ele esperou eu chegar em casa, virar as costas, para falar aquilo. Vou respeitar a opinião dele, mas quero expressar a minha. Sem criar atrito. Não quero confusão, mas algumas coisas precisam ser esclarecidas. As coisas realmente não aconteceram do jeito que eu imaginei. O problema é que não tive oportunidade. Não era problema de treinamento. Por que eu não tive oportunidade? Não sei. Mas sei que não é desculpa – emendou.
Por conta do insucesso na primeira metade do estadual, o Parnahyba vai ser obrigado a passar praticamente todo o mês de março em regime de treinamento. O Tubarão retorna aos gramados apenas dia 30 de março, quando pega o River-PI na abertura do returno, no estádio Pedro Alelaf, em Parnaíba.
FONTE: JORNAL METROPOLITANO ONLINE
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