INSTITUTO WANDA HORTA

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Janot e STF têm razões para afastar Cunha


Presidente da Câmara e aliados travam ação do Conselho de Ética
KENNEDY ALENCAR
BRASÍLIA
Do mesmo jeito que se manifestará em relação ao rito do impeachment, seria recomendável que o STF (Supremo Tribunal Federal) também desse uma palavra sobre a forma ditatorial com que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e seus aliados tratam o Conselho de Ética da Casa. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já tem farto material para solicitar um afastamento de Cunha da presidência da Câmara.
Mais uma vez, haverá hoje novo embate entre deputados aliados e contrários a Cunha. De manhã, acontecerá nova sessão do Conselho de Ética, que não consegue dar o singelo passo de autorizar o prosseguimento de um processo que pode resultar na cassação do mandato do presidente da Câmara. Não se trata do julgamento do mérito, mas da possibilidade de o Conselho de Ética analisar o caso de Cunha.
Ora, não aceitar uma investigação dos colegas depois do amontoado de denúncias às quais responde é jogar a favor da impunidade. E Cunha conta com uma comitiva de aliados que, na verdade, são cúmplices.Há um grupo de deputados que atua no Conselho de Ética para que não se dê um passo adiante. Nesse sentido, também incorrem na obstrução das investigações.
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Se a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer quisessem deixar claro que estão em guerra, não poderiam ter transmitido isso de melhor maneira do que fizeram ontem à noite.
Tiveram um encontro curto, de apenas 50 minutos, testemunhado por dois ministros e um assessor da presidente, para que ambos dissessem ao país que terão uma relação pessoal e institucional “a mais fértil” ou “profícua” possível. É uma clara demonstração de que ocorreu uma conversa na qual oficializaram uma relação fria e que expõe a guerra que já travam pelo poder.
Na avaliação do Palácio do Planalto, Temer faz articulações políticas para derrubar Dilma. Na visão dos aliados de Temer, o governo não vai perdoar a carta do vice que tornou pública todo o desentendimento entre presidente e vice. Os dois lados não quiseram dourar a pílula. Ao falar em relação “institucional”, mostram ao país que a briga continuará quente.
Ouça o comentário no “Jornal da CBN”:

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