Vereador Carlson Pessoa, jornalista Luzia Paula e o Promotor Cristiano Peixoto |
O Ministério Público de Parnaíba (MP) fará a apuração de denúncias acerca do descaso dispensado a pacientes que deram entrada no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda) no final de fevereiro. Uma das denúncias foi encaminhada pelo vereador Carlson Pessoa que intercedeu no caso da aposentada Raimunda Paula, (75 anos), que deu entrada no hospital no dia 26 de fevereiro tendo um AVC e mesmo agonizando, ficou sentada em uma cadeira por cinco horas esperando uma vaga em um leito da enfermaria feminina. Mesmo após a longa espera, como não havia nenhuma cama disponível, ela foi colocada em uma maca seca em uma sala improvisada. Além do desconforto físico, a idosa também passou sofrer constrangimento emocional
por ter que dividir a sala com dois pacientes homens.
Foi então que a família pediu que a tratassem com mais humanidade. Quatro dias depois, inesperadamente a idosa foi transferida para a Santa Casa de Misericórdia e como lá não havia neurologista, passou dois dias sem assistência médica para o seu caso. O quadro de saúde dela agravou consideravelmente. A família ficou num beco sem saída e somente conseguiu atendimento adequado para dona Raimunda dois dias depois, após pagarem uma consulta particular com um neurologista no Hospital Santa Edwirgens. De acordo com o promotor da Promotor da 2º Promotoria de Justiça do Piauí, Cristiano Peixoto, o Heda poderá ser autuado por crime de negligência.
“Enviamos a denúncia e ofício ao Ministério Público a fim de que se apure as condições do fato e os demais abusos que são praticados diariamente na citada unidade de saúde contra a vida humana. Isso precisa ter um basta!”, exclamou Carlson Pessoa.
O MP está investigando também outra denúncia encaminhada a promotoria acerca de um caso parecido, ocorrido há duas no Heda, quando uma idosa, também diabética, chegou ao hospital correndo o risco de ter o pé amputado. De acordo com o marido da paciente, ela não conseguiu atendimento e também teve sua saúde ainda mais agravada com a negligência e com a forma desumana como eles foram tratados no local.
Por Luzia Paula / Ascom
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